Notícias

Conselho Federal da OAB vai ao Supremo contra doações eleitorais ocultas

quarta-feira, 07 de outubro de 2015
Postado por Gabriela Rollemberg Advocacia

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil questiona no Supremo Tribunal Federal um dispositivo da “minirreforma eleitoral” que permite a transferência de recursos entre partidos e candidatos, sem individualização dos doadores, abrindo caminho para a chamada “doação oculta”. A ação direta de inconstitucionalidade foi impetrada nesta sexta-feira (2/10).

Para a entidade, o parágrafo 12 do artigo 28 da Lei 9.504/97, acrescentado pelo artigo 2º da Lei 13.165/2015, aprovada pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT) no último dia 29, viola os princípios da transparência, republicano e da moralidade administrativa. Conforme o artigo, “os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem individualização dos doadores”.

A entidade afirma na ação, que tem o ministro Teori Zavascki como relator, que a possibilidade de “doações ocultas” de pessoas físicas a candidatos pode sustentar relações “pouco republicanas” entre os políticos e seus financiadores. “A ausência de transparência impede a identificação dos interesses subjacentes à atuação do candidato, dificultando eventuais investigações e impedindo que o eleitor decida de modo informado”, diz a ação.

A OAB lembra na petição que, embora a presidente tenha vetado a parte da “minirreforma eleitoral” que autorizava o financiamento empresarial de candidatos, seguindo o decidido pelo STF na ADI 4.650, permanecia na lei a possibilidade de ocultamento da doação.

"A sociedade quer clareza sobre os recursos e gastos de campanha. Além de apoiarmos o fim do investimento empresarial, temos que evitar a doação oculta a candidatos. A presidente Dilma Rousseff sancionou de forma inconstitucional essa lei. Não houve da parte da presidente compromisso com a transparência eleitoral", afirma Marcus Vinicius Furtado Coêlho, presidente da entidade.

ADI 5.394

 

Acesso em: 07/10/2015
Leia notícia completa em:
Consultor Jurídico
Por: Marcelo Galli
www.conjur.com.br

Categoria(s): 
,
Tag(s):

#GRAinforma

Notícias relacionados

seg, 30 de maio de 2022

Confirmada multa a candidato a prefeito de Fortaleza (CE) por propaganda irregular

Fonte: TSE Na sessão desta quinta-feira (26), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a multa de R$ 36 mil aplicada […]
Ler mais...
seg, 30 de janeiro de 2023

TSE aceita pedido para investigar Bolsonaro por abuso de poder econômico

Fonte: Conjur Não é concedida ao presidente da República autorização irrestrita para converter bens públicos de uso privativo dos chefes […]
Ler mais...
seg, 20 de junho de 2016

TSE promove ciclo de palestras sobre inovações e desafios das Eleições 2016

Nos dias 23 e 24 de junho o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza um ciclo de palestras para debater assuntos […]
Ler mais...
qui, 10 de dezembro de 2020

TSE determina novas eleições para a Prefeitura de Bom Jesus de Goiás (GO)

Fonte: TSE Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, na sessão desta quinta-feira (3), o registro de candidatura de […]
Ler mais...
cross linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram