Notícias

Deputados de seis partidos vão recorrer contra votação de Financiamento de Campanha

segunda-feira, 01 de junho de 2015
Postado por Gabriela Rollemberg Advocacia

Sessenta e três deputados federais de seis partidos vão recorrer à Justiça contra a votação da Câmara que aprovou a doação de empresas a partidos políticos nas campanhas eleitorais.

A aprovação desse ponto nesta semana, durante a análise da reforma política pelo Plenário, se deu em meio a protestos. PCdoB, PT, Psol e PSB consideravam a discussão sobre financiamento empresarial encerrada. Esses partidos argumentaram que o Plenário já havia rejeitado na sessão anterior uma emenda sobre o tema.

O PMDB, por sua vez, argumentou que eram textos diferentes, já que a primeira análise tratou da doação de empresas a candidatos, e não apenas a partidos.

Deputados do PPS e do Pros se somaram à ação que vai contestar a validade da votação.

Mandado de segurança
O deputado Chico Alencar (Psol-RJ) informou que os parlamentares entregaram procuração a advogados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para levar a iniciativa adiante. "Para entrar com mandado de segurança contra a votação – a nosso ver, ilegal, ilegítima e antirregimental. Além do mérito, questionamos o método também. Essa ação na Justiça vai correr agora pela nulidade daquela votação", disse.

Financiamento de campanha: Câmara aprova doações de empresas para partidos

Na ação, os parlamentares vão argumentar que, pela Constituição, o Plenário precisa aguardar o prazo de um ano para votar novamente uma matéria rejeitada.

PMDB defende votação
O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), considerou um equívoco a tentativa de judicializar o processo decisório legislativo. "Até porque não há base alguma para esse tipo de medida, basicamente é o choro de quem perdeu. Uma medida que foi aprovada por 330 parlamentares, que era absolutamente diferente de outra medida que havia sido rejeitada na data anterior”, disse Picciani. “No Parlamento, é preciso respeitar o princípio democrático, é preciso respeitar a decisão da maioria.”

Posição da OAB
O presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, informou que o assunto será remetido à análise da Comissão de Estudos Constitucionais, a fim de procurar eventuais inconstitucionalidades materiais ou formais nos procedimentos de votação.

Ele afirmou que o processo legislativo é elencado na Constituição e não pode ser "burlado ou adaptado". Em nota, o Colégio de Presidentes das Seccionais da OAB manifestou preocupação com a "aparente violação do devido processo legislativo" durante a votação do financiamento de campanhas eleitorais por empresas.

 

Acesso em: 01/06/2015
Leia notícia completa em:
Câmara dos Deputados
www2.camara.leg.br

Categoria(s): 
,
Tag(s):
, , ,

#GRAinforma

Notícias relacionados

sex, 25 de outubro de 2013

EJE-PB abre inscrições para curso de processo eleitoral para acadêmicos de Direito

A Escola Judiciária Eleitoral da Paraíba (EJE-PB), vinculada à Presidência do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), abriu inscrições para […]
Ler mais...
seg, 11 de setembro de 2017

Prefeito e vice de Planaltina de Goiás- GO são condenados em 1ª instância por prometer empregos em troca de votos

O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) cassou os mandatos de David Alves Teixeira Lima, o Dr. Davi (Pros); e […]
Ler mais...
qui, 04 de abril de 2013

Justiça Eleitoral faz novas eleições em 16 cidades no domingo

A Justiça Eleitoral vai realizar novas eleições para prefeito em 16 cidades de 7 estados do país no próximo domingo […]
Ler mais...
seg, 12 de junho de 2023

STF confirma diplomação de Luiz Carlos Hauly na vaga de Deltan Dallagnol

Fonte: STF Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou decisão do ministro Dias Toffoli que havia determinado […]
Ler mais...
cross linkedin facebook pinterest youtube rss twitter instagram facebook-blank rss-blank linkedin-blank pinterest youtube twitter instagram