O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu, nesta quarta-feira (5), representantes de diversas áreas dos parlamentos de Língua Portuguesa. O grupo, com participantes de Portugal, Moçambique, Cabo Verde, Angola, São Tomé e Príncipe e Guiné-Equatorial, conheceu de perto o sistema eleitoral brasileiro e as inovações na legislação eleitoral, com destaque para o sistema eletrônico de votação. Os representantes fizeram ainda um tour pelas dependências do TSE e pela Usina Minigeradora Fotovoltaica do Tribunal.
A visita integra a programação do Encontro de Quadros da Área de Administração, Finanças e Recursos Humanos dos Parlamentos de Língua Portuguesa, promovido pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, que está sendo realizado desde segunda-feira (3) e segue até sexta (7). O objetivo do encontro é trocar experiências e modelos de trabalhos nessas áreas.
Durante a visita, Otto Nascimento, analista legislativo da Câmara dos Deputados, explicou que a Associação de Secretários-Gerais dos Parlamentos de Língua Portuguesa (ASG-PLP), autoridade máxima dentro desses parlamentos, percebeu que, além da reunião de intercâmbio entre os próprios secretários, era importante realizar intercâmbios setoriais.
Intercâmbio de conhecimento
Durante o encontro, o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, enfatizou que os representantes dos seis países manifestaram interesse em adotar o sistema de votação eletrônica. “Mostramos os números, a história e os paradigmas que envolvem o sistema. Ressaltamos que nossa forma de contribuição é na transferência de conhecimento, para que possam adequar as nossas soluções às suas realidades”, afirmou.
Nuno Miguel Vieira, da Assembleia da República de Portugal, achou muito interessante conhecer o Tribunal. “Uma instituição que é uma referência a nível eleitoral. Esta é uma oportunidade de troca de experiências e de contato com práticas de outros parlamentos”, disse.
Segundo Diney Lima Pereira, da Assembleia de São Tomé e Príncipe, em seu país há mais abstenções do que votos, pois a população não confia mais nos políticos. “Temos apenas o cadastramento eletrônico, mas o voto ainda é manual. A visita foi gratificante. Conhecer o exemplo da Justiça Eleitoral brasileira e ver como podemos adaptar à nossa realidade nos mostra que há sempre muito a aprender”, contou.
Para Virgílio Cardoso Gonçalves, da Assembleia de Cabo Verde, a rapidez da apuração nas eleições brasileiras com o sistema eletrônico é impressionante. “Em meu país, que tem um pouco mais de 300 mil eleitores, com o sistema eleitoral eletrônico desenvolvido pelo Brasil, saberíamos o resultado em apenas 6 segundos. Atualmente, este processo demora algumas horas. Mas o maior desejo do meu país é levar um maior número de pessoas às urnas”, afirmou.
Virgílio se mostrou também bastante impressionado com a usina fotovoltaica do TSE. “Esse é um dos desafios do Cabo Verde: gerar energia sustentável”, ressaltou.
Economia
A usina irá gerar, efetivamente, cerca de 780 mil watts de energia produzida pela luz solar, proporcionando ao TSE uma economia anual de aproximadamente 20% no consumo energético, ou seja, em torno de R$ 900 mil.
A obra, iniciada em 12 de janeiro, está prevista para ser finalizada em setembro deste ano. A previsão é que, em seis anos, os custos com a implantação da usina sejam pagos com a economia gerada. O TSE vai ser o primeiro prédio do Judiciário em Brasília a utilizar a geração de energia com células fotovoltaicas.
MM/LC
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TSE
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Acesso em 07/07/2017